quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Quando o mundo ficou chato?


“Quando foi que o mundo ficou chato?” Essa pergunta/reflexão já li em vários posts e ouvi diversas vezes... E em diferentes circunstâncias. Afinal, o mundo realmente ficou aborrecido? 

O mundo não está chato, somos nós.

Lamento informar que a culpa foi e sempre será nossa. Sempre fomos cheios de certezas, mas por algum motivo, hoje achamos que temos que verbaliza-las e enfia-las goela a baixo de qualquer um que discorde. E o prazer consiste em sempre dar a última frase de efeito, no número de likes ou na ofensa melhor arquitetada. Pois já não chamamos o outro de ‘zé bobão’ ou ‘zé mané’... Agora entendemos de qualquer assunto e compartilhamos matérias super confiáveis. Contribuímos para uma sociedade mais consciente, não é? E a que preço? Nossa saúde emocional e social.


E a culpa também não é da internet. Ela só evidencia o orgulho que há em nós e a triste necessidade de provar um ponto de vista.

Posso ser criticada por 'não escolher um lado' nessa arena virtual. Mas sabe de uma coisa? Prefiro amigos à falsa ilusão de que estou sempre certa. 

O que eu vou escrever a seguir pode chocar: nossa opinião não é unilateral e imutável! Pois é... Sendo assim, sempre haverão pontos de vista diferentes. Inclusive nós, na maioria das vezes, não conseguimos manter uma mesma opinião sobre algo. Faz parte do crescimento, sabe?

A minha causa não tem bandeiras e nem cores. A razão da minha vida não é diminuir outros, mas compartilhar o que tenho de bom e respeitar quem não queira o mesmo que eu. E em troca quero o mesmo respeito. E se forem meus amigos de verdade, não me julgarão por pensar diferente. Na realidade, nem precisam ser meus amigos, basta que sejam realmente humanos*.

Saudades eu tenho da época em que somente usávamos as redes sociais para nos aproximar.

* Humano é sinônimo de: indulgente, clemente, caritativo, caridoso, bondoso, bom, benévolo, benigno, benevolente, generoso, piedoso, misericordioso

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

A queda, o muro e o vento


Meus primeiros passos pareciam incertos, ainda cambaleando e com olhos aflitos ao meu redor. Com exato um ano de idade, mal sabia como funcionavam as pernas, mesmo assim me atrevi a correr, sem medo de cair. Há fotografias desse dia e provavelmente não tinha dimensão de como seria minha vida após esse evento.

Alguns começam a andar mais cedo, outros mais tarde, uns engatinham primeiro, outros já correm de uma vez como eu. O tempo é relativo e as formas também, mas há um denominador comum: coragem.


Mais tarde, por volta dos seis anos, eu caí tanto com um mesmo joelho que eu pensei que nunca mais fosse sarar. Lembro-me de um dia pensar, resignadamente, que teria de conviver com aquele joelho arrebentado pelo resto da vida.

Se eu soubesse lá atrás que aprender a andar me traria tantos tombos, eu nunca tentaria sair do lugar? Parece absurdo dizer isso, mas por que pensamos isso quando algo não sai do jeito que idealizamos?

Agora pense aqui comigo: a sua realização está em conseguir algo ou ser feliz? Me fiz essa pergunta e descobri que elas não estão necessariamente ligadas. Sabe por quê? Porque nossos sonhos são baseados em expectativas. E no mundo das expectativas há de se ter clareza.

Um bom exemplo é de quando somos crianças e passamos o ano inteiro esperando por nosso aniversário. As vezes o auge de nossa felicidade é atingido antes da festa: desfrutamos dos momentos de preparação, dos nossos amigos dizendo que vão estar lá, da nossa mãe enrolando os doces, do cheiro de bolo assado passeando pela casa... Quando a festa começa estamos ocupados demais vivendo o presente. É tanta coisa para assimilar que algo sempre se perde.

O dia após a comemoração parece um dia comum. Mas por que era tão diferente antes?  Estamos sempre à procura de mais e as vezes não sabemos reconhecer que a vida não é o que sonhamos, mas o que vivemos dela. Nós é que tarjamos os momentos e definimos seu significado.

Quando a expectativa tenta tomar as rédeas de sua felicidade, ela te assola. Pois não há como domar a felicidade. Ela é como o vento que preenche, invade. E se há um muro no caminho, ela derruba. Ou se o muro é forte demais, ela deixa de ser vento e já não consegue ser felicidade.

A vida é sonhar, cair, se erguer e sonhar tantas vezes quanto puder. Mas acima de tudo: viver é ser feliz. Que tal quebrar alguns muros para que o vento passe? Quem sabe o futuro se revele em algo inesperado, mas incrível? É maravilhoso o que pode acontecer quando não condicionamos nossa felicidade à qualquer coisa, pessoa ou situação.

A queda faz parte, levantar e caminhar sempre será uma escolha. O tempo e o vento curarão as feridas.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Parto e Paixão começam com P

Já escutaram a expressão de quando alguém passou por algo muito difícil dizer 'essa tarefa foi como um parto'?
Acredito que sim. Pois já escutei várias vezes e não entendia completamente a ênfase que a pessoa dava ao se expressar assim. Acredito que muitas delas nem façam ideia do peso dessas palavras e o que elas de fato representam na prática, no sentido mais real da coisa toda.

Quando fui ter o meu primeiro filho sempre soube que o parto normal envolvia dor. É meio que lógico, não é? Bem, algumas mulheres não sentem a contração como outras e acabam não sentindo dor alguma, mas não foi esse o meu caso. Uma amiga minha tinha passado pelo parto pouco tempo antes de mim e me relatou sua experiência sem dor e acho que pensei que comigo seria parecido. Talvez uma cólica mais forte, mas nada comparado a real dor das contrações.

É difícil explicar tudo que sentimos quando passamos por isso. Na verdade, não há palavras para descrever perfeitamente. É algo que apenas sentimos e pronto. Nossa família por mais que esteja ao nosso lado, não consegue provar o que estamos provando. A dor é nossa e é o momento em que estamos totalmente sozinhas. Não digo sobre solidão, mas provação.

Tenho fé e minhas crenças sempre me sustentaram e guiaram, mas elas não tem o papel de me privar das partes difíceis, mas de me dar esperança e conforto. E foi assim que me senti. Sabia que era algo que tinha de passar sozinha. Ninguém mais poderia ter o filho por mim. O parto faz com que reconheçamos a força que há em nós.

A paixão faz algo parecido, metaforicamente falando. No começo só vemos as alegrias. Talvez o estômago viva cheio de borboletas e a fome suma. Tudo no que você pensa é estar com quem se ama. Planeja mil situações em sua cabeça e conta os dias pra vê-lo. Toda música te emociona. Tudo faz lembrar dele. Tudo.

Na gravidez funciona mais ou menos assim. Propagandas de margarina fazem você chorar e filmes dramáticos acabam com sua reserva de lágrimas. Seu calendário tem novas referências e qualquer feriado perde a importância comparado à data prevista para o nascimento. Contamos os dias sem imaginar o que realmente vai acontecer no dia "D".  Rs.

A paixão já não tem data prevista para o término. Nunca queremos que acabe. Mas na maioria das vezes quando chega ao fim, dói. Podemos pensar que vamos morrer. Que ninguém, nunca mais será igual à ele. Que não sentiremos isso por mais ninguém.

No parto também podemos sentir que é algo demais para suportar. Como alguém pode passar por isso e ainda querer ter mais filhos? Não é lógico! Várias vezes eu pensei: isso é humanamente possível? Sofrer assim sem morrer?

A paixão dói e passa. Leva consigo as borboletas, o coração disparado e você se pergunta: 'Nossa, como eu pude gostar daquele garoto?'. A experiência te muda. E quando curada, a paixonite se torna apenas uma lembrança distante, um sentimento que não evoluiu e não se transformou em algo significativo.

No parto a dor física vai embora. A experiência te transforma. Mas algo permanece e evolui: o amor. Você não lembra mais da dor, pois agora você vê por quem esperou por tanto tempo! Ele não foi embora, ele chegou. Ele não quebrou seu coração, mas entrou nele há muito tempo e agora fez morada. Por ele valeu a espera. Pois ele não é qualquer paixão, mas uma das representações do amor.

Quando a vida nos presenteia com algo sublime, temos duas alternativas: casar com essa pessoa ou chamá-la de filho. Posso dizer que a vida tem sido generosa comigo.

"Um domingo de tarde sozinha em casa dobrei-me em dois para frente - como em dores de parto - e vi que a menina em mim estava morrendo. Nunca esquecerei esse domingo. Para cicatrizar levou dias. E eis-me aqui. Dura, silenciosa e heroica. Sem menina dentro de mim."  Clarice Lispector

Parto é partir-se e isso pode significar sentir dor. Mas também significa reconstruir-se com novas partes, mais coloridas e belas.




sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Receita infalível

Quem já não procurou pela internet da vida algum conselho, dica, receita ou fórmula que trouxesse o resultado ideal?

Seja nos estudos, na dieta ou na vida emocional há material de sobra que promete sucesso e de brinde sua felicidade garantida.

De fato, muito do que lemos nos ajuda a encontrar um caminho e nos encher de esperança. Mas a própria variedade já não seria um indicativo de que o que pode funcionar para um não necessariamente funciona para o outro? Você pode constatar isso pelas inúmeras dietas e regimes que surgem a cada dia. A tal segunda-feira chega e a hora de colocar em prática a nova teoria pode ser empolgante. Mas em muitos dos casos não sai exatamente como planejado.

Há quem diga que a culpa é da pessoa. 'Uma receita é uma receita, oras!Se ele tivesse seguido à risca, teria o mesmo resultado perfeito!' E assim chamamos as nossas próprias experiências de caminhos absolutos.

Uma vez fui seguir uma receita de um rótulo de leite condensado. Estava no começo do casamento e já fazia alguns doces e bolos. Nunca fui de inventar moda na cozinha e nem sou expert, só pra deixar claro. Pensei: 'É uma receita. O que pode dar errado?' No rótulo tinha a foto da sobremesa pronta. Era de dar água na boca.

Segui cada instrução, coloquei cada ingrediente na medida e cumpri cada procedimento. Ao final a sobremesa de abacaxi cheirava divinamente. A aparência não era a mesma, pois na foto estava em uma grande taça (que eu não tinha) e com cobertura de chantili (que em minha defesa não era referida em nenhum momento na receita).

Assim que gelou, me servi. Eu tinha idealizado outro sabor. Achei um pouco doce demais.

Então pensei: será que eu errei a mão? Não. Eu havia seguido cada passo. Ou são as minhas altas expectativas? Provavelmente. Eu nunca havia comido aquela sobremesa antes e já idealizava algo na minha cabeça que não tinha referência alguma. Eu nunca iria alcançar o ideal imaginário que eu criara.

Mais tarde meu pai foi me visitar e pude oferecer a sobremesa. Ofereci cheia de desculpas do tipo: 'Primeira vez que fiz a receita' e 'Ficou diferente da foto'. E para minha grata surpresa, meu pai gostou! Sim. Não só ele mais outras pessoas para quem ofereci.

O que eu pude tirar de lição deste episódio foi que nos estressamos demais com as expectativas. Mesmo seguindo a receita, uma ou outra coisa vai sair diferente. Não porque você fez algo errado, mas porque VOCÊ é diferente! As pequenas coisas, jeitos, pensamentos de que somos feitos influencia toda nossa vida.

Uma coisa é nos empenharmos para ser corretos, íntegros, bondosos e pessoas melhores. Outra coisa totalmente diferente é pensar que pra ser melhor precisa ser e fazer as mesmas coisas que seu vizinho ou amigo. Cada um sabe de suas dores, alegrias, desafios e sonhos. Para eu entender o outro não preciso necessariamente passar pela mesma coisa que ele passou, mas posso sentir empatia.

Muitas vezes sofremos desnecessariamente. Nos importamos demais com a crítica de outros que não vivem nossas vidas. A felicidade é simples. As receitas são muitas. Escolha a sua e saiba desfrutar daquilo que tem e que é só seu, pois ninguém é como você!

O maior erro que cometemos é idealizar situações para sermos felizes. Devíamos primeiramente ser felizes, independente das circunstâncias. Taí uma receita que pode ser infalível.


quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Pare já com isso, por favor!

Talvez esse post vire uma série. Porque tem muita coisa que pode ou precisa mudar.
Vou começar com: Postagens nas redes sociais.

Tem coisa que apesar de não ser interessante para a maioria, não fere os olhos e mente dos outros. Nem toda postagem precisa ser brilhante, mas, opinião minha, deve passar por algum filtro moral ou ético.

Cada um pensa de um jeito e não digo que devam parar de torcer por time, político etc. A coisa passa do limite quando isso vira ofensa. Não consigo expressar em palavras o quanto acho isso ridículo.

Humanos perdendo as virtudes da humanidade por não saber respeitar o outro.
Seja qual for sua ideologia, pensamento, religião, time ou partido, não tem o direito de hostilizar qualquer que seja a ideia diferente da sua.

Tem coisas que eu não concordo? Tem. Preciso concordar com o que eu não acredito? Não. Apenas sigo em frente escolhendo viver meus princípios.

Tudo que eu ache bom, apoio. O que não acho, não participo.

Mas há aquelas postagens que ditam ser de cunho educacional, informativo ou em defesa de boas causas que exageram e tornam as redes sociais um bombardeio de imagens e vídeos totalmente desnecessários.



Quantos já viram vídeos de crianças, mulheres e animais sendo maltratados? No meu ponto de vista isso é tão ofensivo quanto material pornográfico. Quem precisa ver um cachorrinho ser espancado para saber que isso é errado? Ninguém! A luta não é contra essas barbaridades? Então pra quê propagá-las? Quem é do bem, o é e se ofende com tal sensacionalismo. Pessoas inteligentes e com senso moral devem ser poupadas. As únicas pessoas que se divertem com materiais assim são as que de fato o praticam.

O mesmo penso sobre a pornografia. É ofensiva. Destrói relacionamentos e é um hábito pernicioso, independente de crenças religiosas ou não.

Há tanto o que falar sobre o assunto que um post é pouco.

Realmente espero que as postagens do bem se sobreponham as depreciativas. Que a bondade permeie as teclas e posições políticas, religiosas e sociais. A melhor defesa não é o ataque, mas sim viver seus bons princípios e respeitar os demais.

Não é porque eu discordo de alguém que eu precise odiar. Mas por favor, não me impute por certa ou necessária a sua liberdade de expressão. "Obrigada. De nada!"


terça-feira, 20 de outubro de 2015

Filhos não são souvenir nem Pokemons

Se meus filhos de 8 e 6 anos lessem esse título, talvez discordariam de mim. Não porque eles compreendessem o que direi a seguir, mas porque eles estão na fase de assistir todas as temporadas do desenho Pokemon. E realmente alguns são fofinhos.

Mas enfim, a proposta é de fazer algo como uma reflexão metafórica. Claro que nossos filhos não são Pokemons! (Pra quem não sabe o que é Pokemon, vide google - para resumir: bichinhos que são capturados e colocados dentro de uma bolinha.)

Sabe aquela coleção de brindes de Kinder ovo que quase todo mundo já sonhou em ter? Pelo menos você já conheceu uma pessoa que tinha, certo? A prateleira da pessoa ficava uma coisa cheia de fofurinhas em miniatura. Era todo tipo de bichinho ou brinquedo. Os Pokemons são mais ou menos assim, só que são animados e ficam em pokebolas.

Imagine que você pudesse ter um dispositivo semelhante à pokebola. Bastava guardar seus filhos lá dentro para passear e só soltá-los na hora exata. 'Vai, filho! Pra piscina de bolinha' ou ' Pra escola!'. Ou ainda 'Faça já o dever de casa!'. Mas no mundo real não funciona assim. Cuidar e educar um filho exige paciência e depois de tudo que falamos e fazemos, ele ainda fará suas escolhas. Então, saiba que maternidade/paternidade não é como operar máquinas. É bem diferente.

Primeiro: filho não é um artigo de enfeite. Você não pode decidir ser mãe ou pai simplesmente porque acha bonitinho ou porque a maioria dos seus amigos têm. Isso não é uma competição e muito menos a chance de mostrar que você é uma pessoa ótima. Se esses forem os motivos, muito provavelmente a frustração baterá a sua porta. Nenhuma criança merece ser artigo de estante. Nesses casos muitos pais começam a cobrar todo o tempo e recursos que gastam com os pequenos. Parece mais uma relação entre chefe e empregados do que pais e filhos.

Segundo: ninguém terá os filhos por você. Por mais que receba ajuda, é seu papel educar e ser responsável por quem coloca no mundo. Mesmo que a vida exija que exerça papel duplo por ocasião de separação ou morte do cônjuge e seus filhos fiquem mais na escolinha ou casa de parentes, é você, mãe ou pai que responde por eles. Você deve ser o porto seguro e a referência de seu filho. É de você que ele precisa, independente do tempo que tenha. Não consigo imaginar minha vida sem meus filhos. Por mais que o caminho seja difícil, não há nada que valha mais do que a família.

Terceiro: maternidade/paternidade não precisa de diploma, mas de amor. E nem existe curso ou faculdade para isso, sinto informar. rs. Por isso cometemos erros ao longo do caminho, mas se tivermos amor eles sentirão isso!

Quarto: Maternidade/paternidade não é privilégio concedido por classe social. Falo privilégio porque realmente é! Claro que os pais sempre procuram se qualificar para oferecer o melhor para seus filhos, mas esperar que o conforto financeiro seja pleno será um grande empecilho caso queira  realmente aumentar a família. Seus filhos dificilmente se lembrarão com amargura de quantos brinquedos ganharam no natal se a casa for cheia de amor e momentos felizes.

Quinto: esqueçam de si. Não é para deixarem de tomar banho e se alimentar (se bem que algumas vezes isso aconteceu comigo nos primeiros meses de vida dos pequenos, rs), mas sim focar no que mais importa agora em sua vida: família. Pode ser que: não poderá sair sempre com amigos, comprar algo para si passará por mais crivos que antes, não terá tanto tempo livre com seu cônjuge, não assistirá mais seus programas ou filmes favoritos com frequência (trocará por galinha pintadinha e afins) e nem mesmo seu corpo será só seu novamente. Maternidade e paternidade é uma escolha que faz maravilhas com suas prioridades. A perspectiva deixa de ser EU e passa para o NÓS. O casamento já começa esse trabalho e a maternidade/paternidade refina ainda mais.

Coisas boas às vezes acontecem sem que precisemos nos esforçar, mas as excelentes exigem doação, sacrifício. Ao contrário do que muitos que desconhecem a maternidade/paternidade possam dizer, essa é a maior missão ou um dos objetivos mais nobres que a humanidade pode almejar. Ela engloba todos os requisitos de bondade, abnegação, amor e sacrifício. Seja pelos laços de sangue e/ou do coração, criar filhos é acreditar na humanidade e contribuir para que aquele Ser cresça e um dia também esqueça um pouco de si para fazer o mesmo que fizeram seus pais.

Então se está disposto(a) a começar esta jornada, saiba que pais imperfeitos são capazes de cuidar e amar. E por mais que duvidemos de nossa capacidade, a coragem de tentar e realmente fazer nos qualifica ao longo do caminho.





quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Aprender outro idioma

Passei parte da minha adolescência odiando inglês.

Pode parecer maldade eu contar que foi por causa da professora  da quinta série? Hoje que é o dia dos profissionais da educação? Bem, foi mal. Mas essa época não foi legal.
A maioria dos alunos fazia cursos de idioma particulares extra classe e eu ficava correndo atrás perdida e totalmente sem fôlego. (Acrescente o fato de eu ser uma das primeiras da fila e receber todos os cuspes que saiam da boca da pessoa)

Ela meio que fazia bullying com quem não conseguia acompanhar (tipo, eu).

Aí eu entrei para uma classe que eu me sairia muito melhor: Francês. ('ha-ha-ha', é, pode rir porque eu também acho a maior graça hoje). A verdade é que a matéria era beeeeem mais difícil, mas eu não tinha que competir com ninguém mais sabichão que eu. Até mesmo porque só eram eu e mais um aluno de outra sala.

Se minhas notas eram boas? Melhores que a de inglês. Se hoje eu sei falar francês? Claro.
 "-Francês!", pronto, falei.

Mas como o tempo cura toda ferida, fiz as pazes com o inglês. Não sou fluente, longe disso, mas consigo ler bastante coisa e até entender quando falam comigo. E tudo isso graças à música.

Brincadeira, claro que foram professores que me incentivaram a persistir e acreditar em mim mesma. Não ensinavam o idioma, mas ensinavam com amor e dedicação. Perdi o medo de matemática e inglês porque alguns mestres cumpriram sua missão: ensinaram mais do que há nos livros.

Então, aproveitando o ensejo: Feliz dia dos professores!!!

Márcia, Daniella, Míriam, Graça, Miguel, Craig e muitos outros